Empatia, micromundos e sentidos...





Empatia, micromundos e os sentidos em uma experiência de aprendizagem...

Ok, escolher 3 palavras depois de uma mini enxurrada de informações sobre experiências memoráveis e aprendizagem e neurociência não é fácil. Provavelmente mudarei algumas daqui a pouco. As primeiras em que pensei foram emoção, inesperado e sentidos.

Um pouco depois de ler o artigo Do SXSW EDU para o Brasil: 5 aspectos fundamentais para transformar a educação já fui de emoção para empatia, de inesperado para surpreender e de sentidos para mão na massa. E depois de surpreender para micromundos.

O foco no usuário é quase um mantra quando o assunto é design de experiências e se o aprendizado depende do estado emocional das pessoas, a empatia é fundamental. Já faz uns anos que assisti a esse vídeo... e acho que tem tudo a ver com a importância da empatia em sala...


Outro filme maravilhoso que casa com esse assunto é o Conducta (Numa escola de Havana). “Se quer um delinquente, trate-o como um delinquente”, diz Carmela, a protagonista do filme a respeito do seu aluno Chala, um garoto problemático.




Agora vamos ao fator supresa! Já que é surpresa, pensando sobre isso achei que micromundos se encaixa melhor. Isso porque os micromundos são ambientes imersivos de aprendizagem criados em torno de um domínio específico, em que é possível explorar, descobrir e simular acontecimentos da vida real. Ao invés de uma surpresa isolada de uma narrativa, por que não criar uma narrativa que transporte os estudantes para um micromundo em que eles incorporem o papel de cientistas, astronautas, jornalistas, escritores e nesse micromundo sejam surpreendidos por elementos surpresa? Na verdade, o próprio micromundo já seria um elemento surpresa para um estudante que está acostumado a uma aula nos moldes mais tradicionais. Imagine se você se deparasse com o Mr. D, do filme School of Life nas aulas?




Sim, isso demanda um esforço bem grande e não é possível fazer em toda aula (será?), mas o exercício de pensar em como criar ambientes imersivos de aprendizagem é bastante válido (penso eu).

Por último, os sentidos... acredito que uma experiência memorável possibilita uma interação que estimule visão, audição, tato... é uma experiência sensorial... Pensando em uma escola, isso contempla a organização de todos os ambientes pelos quais os estudantes transitam... será que são agradáveis, tem como melhorar? Tem como melhorar com a ajuda deles? Mas, além dos ambientes, o planejamento traz diferentes linguagens, dinâmicas, formas de interação? As tecnologias digitais ajudam bastante, mas esse tipo de experiência também pode acontecer sem a utilização desses recursos. Quantas oportunidades de criar algo você oportuniza aos estudantes? Colocar as mãos na massa para criar um projeto que possa ser compartilhado com outras pessoas?

Emprestado de: https://compassionaterebel.wordpress.com/2013/06/03/kant-the-hand-is-the-window-on-to-the-mind/




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