Entender a educação como um somatório de experiências é algo fundamental para ter sucesso no meu processo.
Para mim, não há como estar em sala de aula de maneira disruptiva... O professor nunca está professor, ele é....
Independente do conteúdo com que ele esteja trabalhando, antes mesmo da preparação do plano de aula, o professor precisa pensar no conjunto de alunos com os quais ele irá trabalhar... Quem são eles, de onde vem, saber um pouco de suas histórias...
No passado, o professor apenas passava um conteúdo... Há muito não me vejo nesse papel... São tantas realidades postas diante de mim que me sinto uma enganadora se não penso antes em como cada um, ou, pelo menos, a maioria vai receber o que tenho para passar.
Por isso penso nos conceitos de afetividade, significância e intensidade ao prepara meus planos de aula.
O que o aluno pode levar consigo do que foi apreendido em sala, quais serão suas práticas cotidianas a partir daí...
Nunca me esqueço de frases como de uma aluno do oitavo ano que virou para mim e disse: "Professora, eu achava que levantar a bandeira do movimento negro era mimimi... Mas depois de sua aula-debate sobre leis abolicionistas vazias, entendi a necessidade de me posicionar."
São frases como essas que me levam a continuar. Não é passar um conteúdo para cumprir uma ementa, mas sim, fazer deste conteúdo algo com significado para o aluno, talvez, até não aquele momento em específico, mas em alguma gaveta de sua memória, que ele irá descortinar no futuro...
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